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Arquivo pessoal Rubens Silva A HoRa foi a primeira a usar IA em larga escala
15/10/2018

Cinco mil matrizes começam a ser inseminadas na HoRa

Estação de IATF começa agora e vai até dezembro;  há 20 anos, Geraembryo trabalha e pesquisa novas tecnologias dentro da HoRa 

 

Cerca de 5.000 matrizes Nelore começam a ser inseminadas artificialmente, este mês, nas fazendas da HoRa Höfig Ramos, em Brasilândia, no Mato Grosso do Sul. Outras 200 matrizes receberão transferência de embriões (TE). A temporada de IATFs deve se estender até dezembro.

A Geraembryo será a responsável por todos os procedimentos. Trabalhando especificamente na área de reprodução bovina, a empresa começou a desenvolver seus trabalhos com a HoRa, no final da década de 1990. Na época, em parceria com o professor titular Dr. Pietro Sampaio Baruselli, da USP,  e Dr. Gabriel Bó, do Instituto de Reprodução Animal de Córdoba (Argentina), a empresa foi umas das primeiras a desenvolver trabalhos  com a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em grande escala e, em 1999, realizou os primeiros trabalhos com coletas de embriões sem observação de cio em gado zebu, além de utilização de receptoras para TE e FIV sem observação de cio somente protocoladas.

De acordo com o veterinário e especialista em Reprodução Bovina, Rubens César Pinto da Silva, um dos sócios da empresa Geraembryo, a  IATF foi o divisor de águas na pecuária brasileira nos anos 1990, assim como o plantio direto modificou a agricultura, na década de 1970.  “A IATF auxilia na maior eficiência reprodutiva das vacas fazendo com que elas criem um   bezerro por ano, acabando com o gargalo da pecuária de corte que tem baixos índices de desfrute. Com esse aumento de índices de desmama, melhora sensivelmente os resultados econômicos da propriedade”, explica. A HoRa foi umas pioneiras na IATF no Brasil e foi a primeira fazenda a realizar IATF em grande escala, em 2005, quando foram sincronizadas 6.000 vacas. “Vários estudos realizados por Baruselli e Bó citam a HoRa nessa vanguarda. Na época, Baruselli deu inúmeras palestras sobre isso no Brasil e mundo todo, mostrando o exemplo da HoRa”, explica Silva.  A ideia de José Roberto Höfig Ramos, empreendedor na HoRa, de usar o método em grande escala, na época, foi aumentar a qualidade genética do rebanho em curto espaço de tempo.

 “Nesses 20 anos, desenvolvemos muitos trabalhos na HoRa os quais se tornaram referência para profissionais de campo em todo o Brasil”, diz o veterinário.  As pesquisas desenvolvidas podem ser acessadas no site da HoRa, www.agrohora.com.br . “Esse ano estamos trabalhando na pesquisa de sêmen sexado, novos dispositivos para protocolos em novilhas e novos protocolos para FIV (fertilização in vitro) e TE”, diz. De acordo com ele, com o sêmen sexado ganha-se um número maior de fêmeas e pode-se aumentar a pressão de seleção das matrizes. “Um  exemplo: hoje, de mil matrizes prenhas produzimos em média 500 fêmeas e 500 machos. Com sêmen sexado, podemos produzir em torno de 940 fêmeas e 60 machos”, aponta.

Apesar da pecuária brasileira utilizar a monta a campo em cerca de 85% do rebanho, a IATF é usada na HoRa há vários anos em todo o rebanho, principalmente, para testar os touros com melhores índices dos melhores programas de selecionamento de gado do Brasil . “Temos que testar para podermos oferecer ao mercado a melhor genética. Testamos essa genética um ano na fazenda para comprovar rusticidade e desempenho para depois colocar no mercado”, explica.  Isso, segundo Silva, é acreditar no trabalho e evolução dos programas de melhoramentos genéticos no Brasil.

Para o veterinário, a pecuária se desenvolveu muito, nos últimos anos, em vários setores, desde os programas de melhoramento, indústria de fármacos, na pesquisa e tecnologia. “O Brasil é o número 1 no mundo em IATFs, com 11 milhões de protocolos. E a HoRa, em  parceria com  os melhores centros de pesquisas no Brasil e no exterior, vem trabalhando para melhorar economicamente a pecuária brasileira”, afirma Silva.